Dados do Banco Central divulgados recentemente mostram que os gastos com cartão de crédito diminuíram no Brasil.
A instituição verificou redução de 16,2% nas concessões totais no cartão de crédito para pessoas físicas, para R$ 85,8 bilhões.
A mudança de comportamento pode ser justificada por alterações nos hábitos da população, de acordo com o especialista em finanças pessoais e cofundador do iq, Fernando Iodice.
“O fenômeno pode ser explicado pelas adequações que as pessoas precisaram fazer em seu cotidiano. Assim, alguns dos fatores que mais fazem parte das faturas de cartão de crédito dos brasileiros – como gastos com restaurantes e shoppings –...
[Leia mais]Dados do Banco Central divulgados recentemente mostram que os gastos com cartão de crédito diminuíram no Brasil.
A instituição verificou redução de 16,2% nas concessões totais no cartão de crédito para pessoas físicas, para R$ 85,8 bilhões.
A mudança de comportamento pode ser justificada por alterações nos hábitos da população, de acordo com o especialista em finanças pessoais e cofundador do iq, Fernando Iodice.
“O fenômeno pode ser explicado pelas adequações que as pessoas precisaram fazer em seu cotidiano. Assim, alguns dos fatores que mais fazem parte das faturas de cartão de crédito dos brasileiros – como gastos com restaurantes e shoppings – praticamente deixaram de existir. A experiência pode ajudar o controle orçamentário de muitas pessoas, já que estará claro o quanto os gastos que não são de primeira necessidade impactam no planejamento financeiro no fim do mês. Afinal, não é errado utilizar o cartão de crédito – o importante é fazê-lo de forma consciente”, ressalta.
Uma das dicas de Iodice para controlar as finanças é utilizar o cartão de crédito para organizar as contas e aumentar a conveniência na organização orçamentária.
Um exemplo é separar gastos recorrentes, como contas de luz, gás, TV, internet, água, telefone e IPTU, para serem cobrados no crédito.
Dessa forma, além de não ter que lidar com o pagamento separado de cada um dos valores, ganha-se também a facilidade de visualizar o quanto os custos mensais impactam no fluxo de caixa, permitindo uma organização financeira mais simples.
“É necessário que as pessoas entendam que o cartão pode ser um aliado e não um inimigo quando usado de forma consciente. Ao invés de utilizá-lo para realizar compras que podem prejudicar a saúde financeira, deve-se vê-lo como uma ferramenta para centralizar determinados custos em um lugar só, com vencimento determinado – e, muitas vezes, prolongado – o que permite a organização do fluxo de caixa. Sabendo o quanto será gasto por mês, fica mais fácil organizar a casa e separar dinheiro para investir, por exemplo”, salienta Iodice.
No entanto, o especialista afirma que é necessário manter o controle dos gastos: “o cartão de crédito pode ser um ótimo aliado para quem sabe usá-lo. É sempre bom lembrar que é preciso administrá-lo bem para não atrasar as parcelas e pagar juros altos”.